Aos vinte e quatro dias do mês de setembro de dois mil e catorze reuniram-se
os conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – COMDICA na sala de reuniões do Centro Administrativo
Municipal. Iniciou-se a reunião falando
sobre a apresentação de Coros da Associação Canarinhos Cantores de Garibaldi. A
responsável pelo projeto, Sra Ivonete Grossi, comentou que deu tudo certo e que
gosta muito do grupo. A conselheira Ione
comentou que o projeto é muito importante e agradeceu o troféu entregue
para a presidente. A Sra. Ivonete comentou sobre o problema que está ocorrendo
entre a Escola Família Agrícola e o Diretor da Escola Santo Antônio. Disse que
nessa semana o grupo iniciou as atividades junto ao Coro Canarinhos. A
secretária Mônica repassou para os conselheiros que é importante para o
Conselho repassar as informações aos outros conselhos, visto que durante a semana, São Sebastião do Caí
solicitou informações acerca do edital e da forma como são apresentados os
projetos. Repassou a informação sobre o Fundo de que a previsão é
finalizar ano com pelo menos cento e
sessenta e três mil, quatrocentos e sessenta e cinco reais (R$ 163.465,00) para
investimentos no projeto para 2015 (dois mil e quinze). Informou que foi
realizado o cadastro do COMDICA na Secretaria dos Direitos Humanos. A
conselheira Ione informou, que por falta
de quorum, será realizada uma reunião extraordinária para definir os membros da
comissão de avaliação de projetos, ressaltando que o prazo de entrega dos
projetos encerra no dia trinta de setembro. Nada mais havendo a constar lavro a
presente ata que será assinada por mim e pelos demais presentes.
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Garibaldi - RS CNPJ: 14.875.201/0001-47 Av. Júlio de Castilhos, 101 - Centro / Fone: (54) 3462 8171 E-mail: comdicagaribaldi@yahoo.com.br
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
Escola de Pais
Gostaria
de iniciar a coluna fazendo um pedido especial: se desejarem ser pais
ou mães, preparem-se para isso tanto quanto se preparariam para
assumir um cargo de uma responsabilidade singular: o cargo de suas
vidas!
Infelizmente, não temos vestibular para maternidade e
paternidade, sem contar que, organicamente, podemos sê-lo
praticamente crianças, mas isso não nos dá o direito de colocarmos
uma vida no mundo. Porque ser mãe ou pai vai além de termos
capacidade de gerar e suprir financeiramente uma criança. Precisamos
ter capacidade de provê-la emocionalmente. Para isso, é necessário
estarmos inteiros, imunes à corrosão de nossas
frustrações.
Estamos vivendo uma nova era em relação às
mais diversas áreas. A maioria esmagadora da população adulta sai
para trabalhar, portanto, tem menos tempo para questões do cotidiano
doméstico – e se inclui aí, tempo para os filhos. Isso tem uma
repercussão quase que imediata no desenvolvimento emocional e até
mesmo educacional das crianças. Porém, o que realmente merece um
olhar ainda mais atento é a somatização de todas essas
“repercussões” e o que isso pode ocasionar em um futuro (não
tão distante).
Já é sabido, pela maioria das pessoas, que
qualidade de tempo não se mede pela quantidade de horas que passamos
com os pequenos, mas, sim, por toda a dedicação e troca que fazemos
nas poucas horas que estamos juntos. No entanto, da mesma maneira que
não se faz um bom estudante ou bom profissional sem perseverança,
também não se fazem bons pais sem a dedicação de tempo. E essa
tomada de responsabilidade para si, que pais conscientes devem fazer,
não auxilia apenas a criança, mas também os próprios pais.
A
personalidade, o caráter e os valores sociais e culturais se formam,
em grande parte, na infância. Portanto, essa terceirização
generalizada das crianças terá consequências sérias. Nós,
profissionais das áreas de educação e psicologia, já sentimos.
A
oferta de referências de comportamento, o estabelecimento de limites
e bons hábitos, a preparação para a autonomia, o ensinamento de
tarefas simples e indispensáveis, a criação de uma rotina e o
estímulo à socialização saudável são apenas algumas das
responsabilidades de pais e mães que, ausentes em presença física,
legitimam sua irresponsabilidade diante do compromisso com uma vida.
E a negligência de hoje cobrará juros altíssimos amanhã.
Temos
assistido a um número preocupante de crianças sendo encaminhadas a
atendimentos especializados não por causas orgânicas e genéticas,
mas em função de um meio empobrecido de estímulos, regras e
organização. Não é pequena a porcentagem de vezes que precisamos,
mais do que organizar a vida da criança, auxiliar os pais nessa
estruturação. Mas o mais adequado seria, sem dúvida, fazermos isso
anteriormente à existência desse pequeno ser. Se progredirmos em
tantos âmbitos, prevendo acontecimentos dos mais variados, por que
temos de expor um outro ser humano a experiências? Nos preparamos
para uma entrevista, para um primeiro encontro, para uma banca de
mestrado, até para irmos ao médico! Então, por que não nos
preparamos para encarar essa jornada encantadora e, ao mesmo tempo,
árdua, com integridade, retidão, lisura e prazer (que também é
indispensável)? Mais do que as crianças, os pais estão precisando
de escola.
Créditos: Jornal Zero Hora Edição n° 17914 de 06 de setembro de 2014 - Por Lisandra Pioner
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