A erotização infantil é um fenômeno que está se
instalando na sociedade de forma acelerada
A criança tem acesso a qualquer tipo de conversa
vinda de sua cuidadora, e dos irmãos mais velhos; ela também tem acesso à TV de
canal aberto em sua casa. A criança tem acesso ao condomínio sem o acompanhamento
de adultos, porque os pais ainda acreditam que ali é um lugar seguro. Falsa ilusão.
Nem sempre o filho do vizinho é a melhor companhia. Como também, para nossa surpresa,
os nossos filhos podem estar influenciando amigos e não sabemos. A erotização também
chega aos lares pelas mãos de muitas mães. Quantas crianças usando roupas de adultos,
roupas curtas que insinuam e representam a sedução!
Ambientes com informações inadequadas
Meninos
e meninas frequentam ambientes, como bares, com seus pais ou responsáveis e escutam,
entre uma piada ou outra, informações inadequadas sobre sexo, mulheres e bebidas.
Muitas vezes, conteúdos que chegam sem nenhuma responsabilidade à mesa, acabam por
deturpar o que é sério, o que é lindo e tem valor. Há filhos que convivem tão cedo com o namorado
da mãe ou com a namorada do pai, sem nenhuma estrutura ou organização familiar.
Se hoje, algumas famílias têm esse formato familiar por alguma necessidade, que
não nos cabe julgar, é necessário que haja uma responsabilidade em adaptar-se a
uma vida de aparente “solteirice”, pois existe um filho vendo, ouvindo e aprendendo
todas as coisas. Filhos entendem o mundo e nele interagem, a partir da forma que
se sentem afetados por ele.
Oportunidades de exposição do corpo
Não
são poucas as oportunidades que as crianças estão tendo de conviver com propagandas,
filmes, desenhos animados, novelas que despertam a sedução, a exposição do corpo; além de serem vigiadas
por pedófilos que se aproveitam das postagens de fotos tão ingênuas dos familiares
em redes sociais. A Revista Época, em 2015, apresentou uma manchete com o seguinte
título: “Rede social não é lugar para criança”. Nessa reportagem, ela apresenta
um índice alto de homens com comportamento característico de pedofilia, que visitam
as redes sociais em tempo integral a fim de satisfazer seus desejos, tendo como
preferência propagandas de produtos infantis, que sempre trazem a imagem de crianças
dóceis, bonitas e vistosas.
O assédio aos pequenos
é em tempo integral
“O problema é que a maioria dos pais parece subestimar
os riscos. O assédio a menores em redes sociais
e aplicativos ocorre em tempo integral. Uma pesquisa da Época mostra que, ainda,
são poucos os pais e responsáveis por crianças no Brasil que impõem regras de uso
na internet para seus filhos”, completa a reportagem trazida pela revista. “Durante
a madrugada, cresce o acesso às páginas que mostram crianças em roupas de banho
e pijama”. (Revisa Época/outubro-2015)
Convido você leitor a fazer uma viagem no tempo
e reencontrar-se com sua infância. Espero que tenha sido mais cheia de diversão.
Problemas, eu sei, sempre houve na história da humanidade. Nessa volta, quem sabe,
você se reencontre com sua criança e, motivado por essa reflexão, permita que ela
saia da gaiola, só para fazer seus filhos e alunos curados e felizes por meio das
oportunidades lúdicas que oferecerá a cada um deles.
Se for preciso busque ajuda
Se for preciso busque ajuda
Lembrem-se: o principal será sempre a sua companhia.
Diminuam as coerções, isto é, a forma autoritária e desqualificadora, repleta de
punições, ao reclamar de uma criança ou adolescente. Seja qual for o motivo, controle-se.
Seja mais inteligente do que as circunstâncias.
Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/erotizacao-infantil-uma-violencia-silenciosa-e-perigosa/
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