A morte de Araceli também envolve pessoas da chamada “alta roda”.
Os suspeitos, denunciados em agosto de 1977, eram Dante Brito Michelini, o Dantinho, seu pai, Dante de Barros Michelini e Paulo Helal, filho de Constanteen Helal. As famílias Michelini e Helal, ligadas ao ramo imobiliário e ao latifúndio, exerciam muita influência junto ao Regime Militar.
Araceli costumava aguardar o ônibus que a levaria da escola para casa em um ponto próximo a um bar de propriedade da família Michelini. Uma testemunha viu a criança brincando com um gato neste bar. Depois nunca mais se soube dela.
Mais tarde foi comprovado que Araceli permaneceu em cárcere privado por dois dias no porão do estabelecimento. Ao ser encontrado, seu corpo estava desfigurado por ácido, com sinais de abuso sexual e marcas de mordidas.
Dantinho, o pai, Dante, e Paulo Helal foram acusados e usaram de sua influência junto ao Regime Militar e à polícia para que as investigações não fossem adiante. Além de contratarem 12 caros advogados, os suspeitos conseguiram com que provas fossem destruídas.
Depois de condenados, em 1980, o julgamento foi anulado. Em novo julgamento, ocorrido em 1991 todos os réus foram absolvidos por “falta de provas”.
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