Ata n° 005/2014-COMDICA

Aos vinte e nove dias do mês de maio de dois mil e catorze, nas dependências do Centro de Convivência de Idosos Giuseppe Garibaldi, realizou-se mais uma reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMDICA. A presidente Ivete Zaro abriu a reunião falando do bom resultado da caminhada do dia 18 deste mês que foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, evento este de extrema importância . Também falou sobre a inscrição da COOPEEB que foram avaliados e aprovados pela comissão. Outra questão abordada foi o ofício recebido da Promotoria de Justiça Regional de Caxias do Sul, o qual informa sobre um Seminário para planejamento participativo do  seu trabalho no mês de julho deste ano, neste mesmo ofício solicitou-se um roteiro para debate para ser respondido por esta entidade para ser encaminhado posteriormente, o mesmo foi debatido e respondido. Nada mais havendo a tratar, lavrei a presente ata que será assinada pelos presentes.

MATAMOS NOSSAS CRIANÇAS TODOS OS DIAS

por Luciana Suárez Grzybowski*

Matamos nossas crianças todos os dias... quando elas não são nossa prioridade, nem individual, nem familiar, nem social ou política! Matamos nossas crianças quando trabalhamos demais e terceirizamos os cuidados em excesso... quando superprotegemos e não deixamos que possam ?ser?... Matamos nossas crianças quando negligenciamos sua fala e abusamos do seu corpo... quando não lhes damos as mínimas condições de sobrevivência... Matamos nossas crianças quando lhes damos muitas coisas que podemos comprar, mas não lhes damos nosso tempo, nossa convivência e nosso amor.

É, matamos nossas crianças todos os dias! Quando não desejamos tê-las e não conseguimos, na graça do cotidiano, transformar esse vínculo... matamos nossas crianças quando as sufocamos com nossos desejos e planos, impedindo que seu ?eu? possa emergir. Quando a política pública para a infância é desqualificada, subinvestida e desprestigiada. Matamos nossas crianças quando esperamos delas mais do que podem dar, fazer ou falar, ou quando não esperamos nada, não as ouvimos e não as deixamos acontecer.

É, matamos nossas crianças todos os dias! Quando nossa atenção está condicionada à sua cor, sexo e status social, e não tão somente à singularidade do seu ser. Matamos nossas crianças quando usamos a violência física e psicológica e destruímos seus mais belos sonhos infantis. Matamos nossas crianças ao darmos rotina de adulto, não as deixando brincar, seja enchendo de atividades extraclasse ou fazendo-as trabalhar. Quando não ficamos com elas, não olhamos nos seus olhos, não as abraçamos, não as beijamos, não estamos juntos!

Matamos nossas crianças quando não valorizamos o que pensam, sentem e dizem... ou quando as deixamos ser os ?tiranos? do lar. Matamos nossas crianças sempre que elas tornam-se ?um meio para? e não ?o fim em si próprio?. É, matamos nossas crianças todos os dias! Sim, matamos nossas crianças quando as infantilizamos ou as robotizamos demais... Matamos nossas crianças todos os dias, de uma ou outra forma, mas sempre que não olhamos com ternura seu esplendor e sua potência de vida.

*Psicóloga clínica, professora (UFCSPA)

 

Artigo do jornal ZERO HORA, edição de 16/05/2014

Caminhada - 18 DE MAIO

Caminhada no dia 17 de maio alusiva ao dia 18 de Maio " Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes"

PARTICIPE!!!

Concentração e saída às 8 horas e 30 minutos na Praça da Martini em Garibaldi - RS.

Ata n° 004/2014-COMDICA

Aos trinta dias do mês de abril de dois mil e catorze na sala de reuniões do Centro Administrativo municipal, realizou-se mais uma reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMDICA. A presidente Ivete Adami Zaro abriu a reunião falando da boa divulgação da doação para o COMDICA do Imposto de Renda, que obteve pelo que se viu bons resultados. Após a presidente Ivete expôs o que é o COMDICA pois novos conselheiros chegaram ao grupo, salientando que o conselho é um órgão deliberativo. É gestor do Fundo da Criança. É paritário, isto é, é composto de igual número de representantes do poder público e da sociedade civil. Seis representantes de cada. É representativo: seus componentes são os legítimos defensores dos segmentos que representam. A defesa dos direitos da criança e do adolescente é fundamental, em todos os sentidos, para o conselheiro, é compromisso! É função! Sandro Garda tomando a palavra colocou a importância de políticas adequadas para o enfrentamento dos problemas e não pensar que mudando a idade penal seja a solução. É competência do COMDICA , formular políticas municipais dos direitos. São captados recursos, as entidades apresentam projetos que serão  analisados e aprovados ou não pelo COMDICA e passam pela aprovação da Câmara de Vereadores. Após a presidente  expôs quais projetos aprovados. As entidades beneficiadas foram a APAE, a Associação de Canarinhos, Associação Combat de Artes Marciais, FAC e Escola Municipal de Ensino Fundamental Valentin Tramontina. Lembrou-se que as Escolas Municipais passam por licitação. O Fundo em dois mil e doze arrecadou cento e cinco mil reais e em dois mil e treze passou a arrecadação de cento e setenta e um mil setecentos e oito reais. O município não deposita diretamente para o Fundo da Criança, mas faz a sua parte através de apoio ao FAC, Centro São José e pagamento de abrigos. É necessário organizar uma comissão para avaliar a inscrição de entidades no COMDICA. Falou-se da COOPEEB e da APEME que aguardam esta avaliação de registro. Ficou assim formada a comissão: Raquel Agostini, Sandro Garda e Ivete Adami Zaro. Outro assunto tratado foi sobre dia dezoito de maio, Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No dia dezessete será feita a caminhada para chamar atenção sobre o tema. Todos estão convidados a se fazerem presentes, por volta das nove horas e trinta minutos. Será divulgado o evento pela Rádio Difusora Garibaldi. Ivete Zaro convidou os conselheiros a entrarem no blog do COMDICA. Pensou-se em colocar uma profissional de psicologia que faria a escuta, no caso do abuso e da violência sexual, já que as psicólogas que atendem  a criança e o adolescente não podem dar o laudo.A psicóloga contratada pelo COMDICA, faria a escuta e seria paga por laudo efetuado, fazendo com que, através desses laudos chegar ao agressor e apresentar prova material através do diagnóstico emitido. Principalmente quando o ato não é consumado o laudo psicológico pode avaliar o abuso, prevenindo o que não se quer que aconteça em termos da violação da integridade da criança. O ideal seria que além do laudo a psicóloga possa escutar mais algumas vezes a criança até fazer o desligamento gradativo do atendimento. A contratação da psicóloga pelo COMDICA, para este fim, foi aprovada pelos conselheiros, fazendo-se posteriormente o estudo dos gastos. Nada mais havendo a tratar lavrei a presente ata que será assinada pelos presentes.