quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ATA Nº 005/2020 - COMDICA

 

Aos vinte e cinco dias do mês de novembro de dois mil e vinte reuniram-se os conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no auditório do CRAS para tratar o que segue:  a presidente Raquel Agostini deu boas vindas à todos e iniciou falando do pedido de renovação da entidade REBAPSI – Rede Nacional de aprendizagem, Promoção Social e Integração junto ao Conselho. Os conselheiros aprovaram a renovação da inscrição. Sobre a Corregedoria, foram nomeados pelo COMDICA o Sr. Sandro Cisilotto Garda e Vanio Cercato. Da Secretaria de Administração  foram indicados Mônica Carissimi e Lucianara Teresinha Trevisol e do Conselho Tutelar Elaine Engel Nunes Postingher. A comissão sindicante ficou formada pelo Sandro Cisilotto Garda, Mônica Carissimi e Elaine Engel Nunes Postingher. Passou-se para o Edital de Chamamento  para apresentação de propostas (planos de trabalho) para o ano de dois mil e vinte e um. Foi lido para os conselheiros a tabela de pontuação onde os conselheiros aprovaram. Foi lido o plano de trabalho modelo e os conselheiros aprovaram. Foram discutidas as propostas de atendimento. Ficaram quatro itens: Atendimento em tempo parcial com previsão centro e bairro ou centro e interior; atendimento em tempo parcial; atendimento à pessoas com deficiência e atendimento em tempo integral. Os valores ficarm os seguintes: para o item 01 (um) o valor aprovado pelos conselheiros foi de até R$ 57.000,00 (cinquenta e sete mil reais); para o item 02 (dois) o valor aprovado pelos conselheiros foi de até R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais); para o item 03 (três) o valor aprovado pelos conselheiros foi de até R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais); para o item 04 (quatro) o valor aprovado pelos conselheiros foi de  até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Serão um projeto para ITEM UM, sete para o ITEM DOIS, um para o ITEM TRÊS e um para o ITEM QUATRO. Foi formada a comissão para análise de projetos na data de abertura de envelopes: Analissa Scherer Peixoto, Sandro Cisilotto Garda e Raquel Agostini. Ficou decidido que os projetos ao serem executados deverão estar adequados ao plano de contingência para atendimento às crianças e adolescentes. A diretoria conversará com a atual administração e com a administração futura para que aconteça a publicação do edital ainda este ano com a finalidade de agilizar todo o processo. A seguir Sidnei tomou a palavra para falar sobre a arrecadação de imposto de renda no município. Juntamente com a Raquel falaram sobre realizar uma campanha mais forte para implementar a arrecadação de recursos para o fundo. Em seguida a presidente Raquel falou sobre a denúncia anônima recebida sobre o recebimento de auxílio emergencial por um conselheiro tutelar, que seria indevido. A presidente Raquel disse que não é esfera do COMDICA e sim do Ministério Público Federal. Agradeceu a presença dos vereadores eleitos. Nada mais havendo a constar lavro a presente ata que será assinada por mim e pelos demais presentes.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Síndrome associada à covid-19 já atingiu 197 crianças e adolescentes

 

Maioria das vítimas no Brasil tem menos de 10 anos


Pelo menos 197 crianças e adolescentes brasileiros apresentaram, até o fim de agosto, uma série de problemas de saúde que, juntos, podem caracterizar uma nova doença potencialmente associada a covid-19, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.

De acordo com o Ministério da Saúde, do total de crianças, 140 tinham menos de 10 anos no momento em que adoeceram. Ainda segundo a pasta, a síndrome pode ter causado a morte de pelo menos 14 pacientes de até 19 anos de idade no período de maio a agosto deste ano.

Os óbitos notificados foram registrados em oito estados: Pará (três); Rio de Janeiro (três); Ceará (dois); Paraíba (dois); Bahia (um); Pernambuco (um); Piauí (um); e São Paulo (um). A coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Janini Ginani, lembrou que as mortes em questão estão “sob investigação”, já que várias outras síndromes podem se sobrepor, dificultando o diagnóstico.

Segundo o último balanço, até o dia 26 de agosto, o maior número (41) de notificações da nova síndrome vinha do Ceará. Em seguida estão Pará (24); Rio de Janeiro (22); Distrito Federal (19); São Paulo (19); e Bahia (11). Também foram registrados casos em Alagoas (nove); Espírito Santo (oito); Minas Gerais (cinco); Paraíba (seis); Pernambuco (nove); Piauí (seis); Rio Grande do Norte (nove); e Rio Grande do Sul (nove).

No dia 08 de setembro o governo de Pernambuco anunciou que os casos da síndrome no estado já somam 16, incluindo uma morte.

Monitoramento

Embora se caracterize por sintomas diversos, a síndrome está frequentemente associada à febre persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas e vômitos, entre outros. Em alguns casos, o paciente pode desenvolver também sintomas respiratórios e disfunção cardíaca. Além disso, há sempre uma marcante atividade anti-inflamatória do organismo.

Os primeiros casos da nova síndrome começaram a ser registrados na Europa em abril deste ano. Os relatos logo se multiplicaram, motivando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um alerta para chamar a atenção de pediatras de todo o mundo.

Em 20 de maio, o ministério divulgou, em parceria com as sociedades brasileiras de Pediatria e de Reumatologia, um primeiro comunicado sobre o assunto. A pasta pedia atenção dos profissionais de saúde para que a síndrome fosse identificada rapidamente. Os sintomas, entretanto, podem ser confundidos com os de outras síndromes, como a de Kawasaki.

No dia 24 de julho, quando o país registrava 71 casos confirmados de covid-19 e três mortes, o ministério implantou um sistema de monitoramento nacional da síndrome por meio de formulário disponível no sistema oficial de comunicação da pasta.

Em setembro, ao participar de uma reunião da Comissão Externa de Enfrentamento a Covid-19, do Senado, o diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, do Ministério da Saúde, Antonio Rodrigues Braga Neto, destacou a necessidade de se “qualificar o atendimento às crianças”, esclarecendo que a notificação, apesar de importante, não é obrigatória.

“Ainda não temos a notificação compulsória. O que temos é uma recomendação”, disse Neto. “Entendemos que a notificação compulsória é uma ferramenta de interesse epidemiológico que facilitará a análise destes casos”, acrescentou o diretor, enfatizando que, mundialmente, ainda há muitas dúvidas sobre a síndrome.

“É uma doença nova, muito recente. O que temos que garantir é a capilaridade das informações. [Garantir] que uma criança que chegue à atenção primária com febre há três dias e algum dos outros sintomas, como náusea, cefaleia ou conjuntivite, e que apresente alterações laboratoriais tendo a sepse sido excluída seja encaminhada para uma atenção especializada.”

Durante a reunião, a coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde, Janini Ginani, ressaltou que a maioria das crianças e adolescentes acometidos pela síndrome é do sexo masculino, tem até 9 anos e não tinha doenças crônicas preexistentes.

“Os casos têm sido mais prevalentes na faixa etária até 10 anos de idade. Entre as crianças de 0 a 4 anos, 41 eram do sexo masculino e 34, do feminino. Já entre as de 5 a 9 anos, foram 39 e 26, respectivamente”, detalhou Janini.

“Temos visto uma dificuldade com relação à discriminação desses casos. O que, possivelmente, é uma sepse sendo notificada como uma Síndrome Inflamatória Multissistêmica. Estamos tentando separar essas causalidades; aprimorar a vigilância para entender como essa síndrome tem se desenvolvido no país, qualificando também a vigilância e [o registro] de óbitos.”

UTIs

Pesquisador do Instituto D'OR de Pesquisa e Ensino e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o pediatra Arnaldo Prata apresentou, durante a reunião, dados de um estudo feito com 79 crianças e adolescentes internados em 19 unidades de terapia intensiva (UTIs), públicas e privadas, de cinco estados (BA; CE; PA; RJ e SP).

Para ele, embora o número de casos da síndrome seja pequeno, é preciso estar alerta, já que 87% das crianças internadas em UTIs testaram positivo para covid-19. Destas, 13% apresentaram um quadro clínico associado à síndrome.

“Ou seja, entre crianças de 0 a 19 anos, a doença inflamatória multissistêmica pode acometer de 10% e 15% das que adoecem e que precisam ser internadas devido a covid-19”, enfatizou Prata.

Edição: Paula Laboissière

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-09/sindrome-associada-covid-19-ja-atingiu-197-criancas-e-adolescentes